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Title: O CULTIVO DO ARROZ DE SEQUEIRO (Oryza sativa L.) NO ALTO TOCANTINS, GOIÁS, NAS DÉCADAS DE 1960 A 80: RESGATE DE MEMÓRIAS
Authors: Tavares, Giovana Galvão
Costa, Márcia Inês Florin
Keywords: História ambiental. Arroz de sequeiro. Microrregião Alto Tocantins. Modernização. Goiás. Degradação ambiental
Issue Date: 31-Mar-2023
Abstract: COSTA, M.I.F. O cultivo do arroz de sequeiro (Oryza sativa L.) no Alto Tocantins, Goiás, nas décadas de 1960 a 80: resgate de memórias. 2023, 169 p. Doutorado em Sociedade, Tecnologia e Meio Ambiente. UniEVANGÉLICA, Anápolis – GO. Esta pesquisa é qualitativa, na área de história ambiental, objetivou compreender os interesses governamentais em relação à abertura da fronteira agrícola centro-oeste, inserção da monocultura e incentivo às migrações nas décadas de 1960 a 1980. Logo, a questão central que permeou a discussão foi: o que favoreceu a abertura da fronteira agrícola na microrregião Alto Tocantins? A modernização da agricultura influenciou nesse processo? A coleta de dados foi realizada através de pesquisa bibliográfica, em arquivos públicos e privados e relatos orais, os quais proporcionaram o resgate de memórias dos agricultores, tendo na rizicultura a base das relações produtivas e de transformação do bioma Cerrado. A tese é composta de quatro artigos, sendo o primeiro deles com o título “A modernização da agricultura em Goiás, nas décadas de 1960 a 1980”, evidenciando questões em torno da modernização e suas implicações em países subdesenvolvidos como o Brasil, principalmente na época em questão quando se lançam Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) para expansão agrícola rumo ao Norte do país, abrangendo a microrregião Alto Tocantins, em Goiás, visando a ocupação de terras de Cerrado, consideradas ociosas. O segundo artigo trata de “A modernização da agricultura na Microrregião Alto Tocantins, Goiás, nas décadas de 1960 a 1980”, objetivou-se compreender o alcance do desenvolvimento acelerado no Brasil, inserido nas políticas agrícolas do regime militar, aliado a pesquisas científicas e nos pressupostos da revolução verde, aumentando exportações e almejando tornar-se uma potência econômica. Resultados ofuscados por crises econômicas, inflação e aumento de preços do petróleo em 1973 e 1979. O terceiro artigo com o tema “A microrregião Alto Tocantins, em Goiás, e o cultivo de arroz de sequeiro nas décadas de 1960 a 1980” resgata as memórias de agricultores e objetiva reconstruir a história dos agricultores, seus desafios, suas perspectivas e sonhos em torno da rizicultura. Procura-se, através de relatos orais (BOSI, 1994), compreender a introdução da rizicultura na microrregião Alto Tocantins, a produtividade agrícola e a interrupção total dela no final da década de 1980. Conclui-se que, a atividade agrícola implantada na região foi de suma importância para seu desenvolvimento, sua inserção econômica no mercado nacional e na produção de grãos. Porém, percebe-se que a política agrícola adotada no regime militar, por não ter um programa de ações contínuas também ocasionou o abandono da atividade e o endividamento dos agricultores da região, estimulou fluxos migratórios, provocou êxodo rural, exclusão social e degradação ambiental. Já o artigo sobre “O cultivo do arroz de sequeiro (Oryza sativa L.) em Porangatu – GO” retrata a história ambiental do cultivo de arroz de sequeiro (Oryza sativa L.) em Porangatu, em nível local, momento em que os agricultores enfrentaram inúmeros desafios para iniciar a atividade agrícola, além disso, esses trabalhadores foram atraídos para a microrregião pelos baixos preços das terras. Em 1980, o município de Porangatu inicia seu auge em produtividade de arroz. Em 1982, torna-se referência nacional em produtividade e a partir desse mesmo ano passa a realizar comemoração denominada “Festa do arroz”. Em 1986, as linhas de crédito voltadas para a agricultura local são suspensas e o declínio do plantio de arroz em larga escala desaparece assim como as culturas tradicionais dos sertanejos.
URI: http://repositorio.aee.edu.br/jspui/handle/aee/21464
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