INCIDÊNCIA DE CASOS COM ARTRITE REUMATÓIDE TRATADOS NO LABORATÓRIO SANTA MÔNICA EM CERES – GO NO ANO DE 2010

Abstract

Doença sistêmica auto-imune, a artrite reumatóide é de etiologia desconhecida, sendo que sua principal característica é a sinovite crônica, simétrica e erosiva das articulações periféricas que, em geral, acomete grandes e pequenas articulações em associação com manifestações sistêmicas como: rigidez matinal, fadiga e perda de peso. Predominante no sexo feminino apresentando picos frequentes entre os quarenta e sessenta anos. O diagnóstico depende da associação de uma série de sintomas e sinais clínicos, achados laboratoriais e radiográficos. Não existem testes laboratoriais e achados histológicos ou radiológicos que conclusivamente possam indicar um diagnóstico definitivo de AR. Para o tratamento da patologia o especialista pode utilizar-se de tratamento não medicamentoso, medicamentoso e intervenção cirúrgica. No tratamento não medicamentoso tem-se a fisioterapia, terapia ocupacional e acupuntura. No medicamentoso utilizam-se antiinflamatórios, glicocorticóides, inibidores seletivos de COX-2, opióides e drogas modificadoras do curso da doença (DMCD). A busca por especialista em reumatologia no Vale do São Patrício vem aumentando ao longo dos anos, por isso é importante fazer uma análise desta clientela confrontando afirmações propostas por estudiosos sobre a patologia, além de constatar os clientes que aderem ou não ao tratamento, assim como se os medicamentos e exames sugeridos pelo especialista são os indicados em bibliografias. O estudo é um censo, retrospectivo quantitativo dos atendimentos especializados no consultório de reumatologia do Laboratório Santa Mônica, no ano de 2010, com o objetivo de determinar o perfil epidemiológico dos pacientes operados por este serviço de saúde que atende o Vale do São Patrício. Ao analisarmos as fichas deparamos com a realidade de que foram atendidos 326 clientes no ano de 2010 e que destas 194 eram portadores da patologia, sendo 64 homens e 130 mulheres onde as mulheres são mais que o dobro dos homens. Entre os fármacos mais empregados pelo especialista destacamos em primeiro lugar o uso de Antiinflamatórios em 58,76% dos casos, em terceiro lugar Corticóides, 13,91%. O metotrexato, fármaco de escolha padrão, foi empregado em 11,34%. Quanto aos exames laboratoriais e radiográficos solicitados destaca-se em quase 100% dos exames os pedidos para Hemograma, TGO, TGP, Uréia, Creatinina, PCR, Fator Reumatóide, Velocidade de Hemossedimentação (VHS), Lipidograma. Em apenas 47 casos foi solicitado o exame FAN, e em 24 casos TSH e em 17 casos T4.