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Title: PLANTAS MEDICINAIS, FITOTERÁPICOS E SAÚDE PÚBLICA: UM DIAGNÓSTICO SITUACIONAL EM ANÁPOLIS, GOIÁS
Authors: Luciene dos Santos, Mirley
da Glória Dutra, Maria
Keywords: Sistema Único de Saúde
Fitoterapia
Plantas Medicinais
Políticas de Saúde
Anápolis
Issue Date: 2009
Abstract: O presente estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento sobre o uso de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos pelos profissionais da área de saúde e população de Anápolis, GO, tendo como embasamento a Portaria nº 971, de 3 de maio de 2006 do Ministério da Saúde que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. A preocupação maior com os profissionais da área da saúde diz respeito ao conhecimento, uso e aceitação da fitoterapia, visando dar subsídios para um planejamento e introdução dessa prática terapêutica nos Programas de Saúde da Família na cidade de Anápolis, Goiás. A pesquisa de cunho descritivo abordou revisão bibliográfica e pesquisa de campo. Os dados foram tabulados, procedendo-se as análises descritivas e a discussão dos resultados obtidos. O instrumento de coleta de dados foi o questionário estruturado, tendo sido amostrados 220 profissionais da área da saúde e 380 sujeitos da comunidade anapolina, tomando-se o domicílio como unidade amostral. Além das entrevistas, fez-se um registro fotográfico das condições de armazenamento e comercialização informal de plantas medicinais no município, considerando ser essa a principal fonte para a obtenção dos preparados medicinais pela população. Ao todo foram obtidos os nomes de 165 plantas medicinais de conhecimento dos profissionais da saúde, sendo que dessas 14 plantas somam juntas cerca de 90% das citações. Apesar do número de plantas citadas, há pouco conhecimento sobre o uso das plantas, sendo que somente 17% dos profissionais conhecem e fazem uso das plantas medicinais e fitoterápicos, sendo estes pertencentes a três categorias: enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeutas. Apenas arnica, Dersane (óleo de girassol) e barbatimão são usados em suas práticas. A arnica é utilizada em contusões, barbatimão recomendado para banhos ginecológicos e o Dersane em escaras e hidratação da pele. Quanto ao posicionamento favorável ou contrário ao uso das plantas medicinais e fitoterápicos, as posições divergiram segundo as categorias profissionais, sendo favoráveis: 100% dos fisioterapeutas, farmacêuticos e odontólogos; 86% dos técnicos em enfermagem, 65% dos enfermeiros, e apenas 17% dos médicos. Ainda que publicada em 04/05/2006, a Portaria nº 971 do Ministério da Saúde que institui a PNPIC é totalmente desconhecida pelos profissionais da saúde que participaram da pesquisa de campo, o que sugere que para a efetiva implantação dessa política pública de saúde no município, ações no sentido de esclarecimentos e capacitação desses profissionais devem ser tomadas. A falta de conhecimento dos profissionais deve-se em grande parte a ausência de conteúdos relacionados às práticas terapêuticas alternativas e complementares nos currículos acadêmicos. No entanto, a despeito dessa situação, o que se verifica é que a população interessa-se e utiliza das plantas e fitoterápicos como recurso terapêutico, o que coloca em cheque os profissionais. Nesse contexto, cabe ressaltar a importância da informação, do conhecimento para que o profissional possa se posicionar em relação as Práticas Integrativas e Complementares, sobretudo sobre sua inserção no sistema Único de Saúde.
URI: http://repositorio.aee.edu.br/jspui/handle/aee/446
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