A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO AO PACIENTE COM DEPRESSÃO

Abstract

INTRODUÇÃO: A depressão é considerada como um grande problema de saúde pública tanto no Brasil quanto no mundo. Os profissionais que terão contato com o paciente devem ter especialidades relacionadas com esta área por se tratar de casos muitas vezes complexos. Nesta perspectiva, os enfermeiros são uma peça chave para o tratamento da pessoa/paciente com depressão, pois estes passam mais tempo com o paciente durante o seu tratamento. Desta forma, este estudo é norteado pela seguinte problemática: de que maneira o enfermeiro atua no cuidado a pacientes com depressão? MÉTODO: Trata-se de um estudo de natureza bibliográfica do tipo revisão integrativa da literatura publicada entre 2008 e 2018. A busca dos artigos científicos foi realizada na plataforma da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), onde se encontram outros bancos de dados, a saber: LILACS, IBECS, BDENF, MEDLINE, Biblioteca Cochrane e SciELO. A busca foi realizada através dos seguintes descritores: “depressão”, “enfermeiro” e “assistência”. Só foram considerados artigos científicos em português e disponíveis de forma integral e gratuita. RESULTADOS: Foram encontrados 20 estudos científicos, sendo realizada uma leitura exploratória de seus resumos. Após esta leitura, 12 destes artigos foram excluídos desta investigação. Ao final desta coleta de dados, obtivemos um total de 08 artigos escolhidos, que foram lidos analiticamente a fim de explorar o conteúdo descrito pelos autores. Foram constatadas duas categorias dos trabalhos selecionados: “a depressão enquanto comorbidade psíquica” e “a atuação do enfermeiro na assistência ao paciente com depressão”. Dos 8 artigos selecionados para a presente pesquisa, três (3) investigaram pacientes que apresentaram depressão enquanto comorbidade psíquica. As doenças que os pacientes apresentavam (para além da depressão) foram: hipertensão (artigo A2), diabetes mellitus (artigo A5) e doenças cardíacas com necessidade de intervenção cirúrgica (artigo A6). Os demais trabalhos apresentaram pacientes com depressão sem a presença de outra comorbidade, sendo: mulheres no período do climatério (artigo A1), mulheres com depressão pós-parto (artigo A3), crianças com depressão (artigo A4), mulheres com depressão puerperal (artigo A7) e mulheres com depressão não relacionadas a períodos pré ou pós-parto (artigo A8). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O enfermeiro possui um papel essencial na assistência a pacientes com depressão, sejam pacientes que apresentem outras comorbidades ou mesmo os que apenas possuem o quadro depressivo. A análise dos trabalhos científicos selecionados permitiu vislumbrar que ainda existem muitos desafios concernentes à efetividade da atuação do enfermeiro na assistência a pacientes com depressão.