ANÁLISE ECONÔMICA DA INOCULAÇÃO DE Azospirillum brasilense NO CULTIVO DE MILHO

Abstract

Para a cultura do milho a adubação nitrogenada possui grande importância, pois o nitrogênio é um dos nutrientes que apresenta maior resposta no aumento de produção de grãos. Porém esses fertilizantes são oriundos de combustíveis fósseis e possuem os maiores custos de produção da cultura. Em alternativa a crescente busca por sustentabilidade, a bactéria Azospirillum brasilense vem sendo utilizada na inoculação de sementes de milho, como forma de fixação biológica de nitrogênio e produção de hormônios de crescimento no sistema radicular. Diante de tantos benefícios e desafios para a sustentabilidade da produção de milho, o presente trabalho objetivou avaliar a rentabilidade econômica da inoculação de sementes da cultura do milho com Azospirillum brasilense, visando à redução da adubação nitrogenada de cobertura. Dando continuidade ao experimento que foi conduzido na Unidade Experimental da UniEvangélica, na cidade de Anápolis- GO, que visava avaliar o desempenho agronômico e produtividade do milho em função da inoculação de sementes e aplicação de diferentes doses de N em cobertura. Foi realizada a análise econômica a partir dos tratamentos: T1- sem inoculação de Azospirillum brasilense + 100 kg ha-1de uréia em cobertura; T2- sem inoculação de Azospirillum brasilense + 200 kg ha-1 de uréia em cobertura; T3- inoculação com Azospirillum brasilense + 100 kg ha-1de uréia em cobertura; T4 inoculação com Azospirillum brasilense + 200 kg ha-1 de uréia em cobertura. Para avaliar a lucratividade, foram determinadas: a receita bruta (RB) em R$, com a quantidade produzida do produto (em sacas de 60 Kg) pelo preço médio de venda também em R$; o lucro operacional (LO) é a diferença entre receita bruta (RB) e o custo operacional efetivo (COE). Já o índice de lucratividade (IL) é entendido como a relação entre lucro operacional (LO) e a receita bruta em percentagem. Na avaliação destes custos de viabilidade econômica em relação à produtividade foram observados os seguintes componentes: a média dos preços do milho pagos pelo Governo Federal na safra 2017/2018 e o preço comercial do inoculante e da uréia. Obteve-se um acréscimo de 22,8 sacas ha-1 e aumento de R$ 912,00 ha-1 no tratamento com adubação de 200 kg ha-1 somada à inoculação, se comparado com o tratamento que recebeu a mesma dosagem com ausência da inoculação. O custo operacional efetivo (COE) dos tratamentos com 200 kg ha-1 de uréia foi bastante elevado, em relação aos demais. Em contrapartida as variáveis obtidas anteriormente, o índice de lucratividade (IL) mais alto, foi o alcançado pelo tratamento sem presença de inoculação e apenas com metade da dosagem da adubação nitrogenada em cobertura.